A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (30) a medida provisória (MP 944/20) que cria o Programa Emergencial de Suporte a Empregos. A matéria apresentada na forma de parecer do deputado Zé Vitor (PL-MG) inclui o produtor rural. O objetivo é manter a economia e garantir os direitos dos agricultores durante o período de pandemia no país.
Para concluir a votação os parlamentares analisaram os destaques. O projeto segue para o Senado. Entre as mudanças aprovadas na linha de crédito especial de R$ 34 bilhões da MP do emprego está ampliação de financiamento de 2 para 4 meses da folha salarial das pequenas e médias empresas e cooperativas. Além do aumento do teto de faturamento com receita bruta anual de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões – a empresa precisa faturar no mínimo R$ 360 mil.
Preocupado com a agropecuária, Zé Vitor abordou pontos positivos da medida provisória, entre elas a possibilidade da abertura de crédito com taxas de juros menores (de até 3,75% ao ano). “Nosso maior objetivo é apoiar a estabilidade de funcionários durante a pandemia, manter os empregos e a renda dos trabalhadores, pois a empresa beneficiada não poderá demitir, sem justa causa, no período entre a data de contratação da linha de crédito até 60 dias após o recebimento da última parcela devida para a quitação do financiamento governamental. Se demitir, deverá antecipar o pagamento da dívida,” explicou.
O parlamentar ressaltou ainda que a linha de crédito poderá ser usada também para pagar ações trabalhistas cujas condenações transitem em julgado entre março deste ano e julho de 2021 ou cujos acordos ocorram no mesmo período. Nesses casos, o pagamento terá de ser de até R$ 15 mil.
“Apresentamos um texto maduro, coerente, menos burocrático e mais acessível para as empresas brasileiras e que beneficiem todos. Estamos passando por uma crise na saúde, mas é necessário enfrentarmos também o desafio de mantermos a economia ativa, garantindo os direitos dos trabalhadores,” concluiu.