Zé Vitor

Deputados que participam da COP 25 analisam papel do Brasil na conferência

 

 

 A questão do desmatamento e das queimadas no Brasil será um dos temas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas

A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 25) começou nesta segunda-feira (2) e vai até o dia 13 de dezembro com a expectativa de reunir delegações de 200 países e cerca de 25 mil participantes de governos e da sociedade civil. O encontro seria realizado no Brasil, mas mesmo antes de assumir o governo, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de sediar a cúpula, apontando problemas orçamentários. A conferência foi transferida para o Chile, mas os protestos recentes no país sul-americano provocaram a ida do evento para Madri, na Espanha.

A principal discussão é sobre a diminuição da emissão de gases que provocam o chamado “efeito estufa”. O Acordo de Paris, firmado em 2015, estabeleceu metas para evitar o aquecimento global, mas grandes emissores de gases, como os Estados Unidos, anunciaram a saída do acordo. O deputado Nilto Tatto (PT-SP), que vai participar da conferência, espera que a atuação do G-20, o grupo dos 20 países mais ricos do mundo, compense a posição norte-americana e também a participação brasileira no encontro, sobre a qual ele faz críticas.

“Quando você não tem os Estados Unidos dentro do acordo, você não tem ali o investimento do ponto de vista de recursos e tecnologia para os países em desenvolvimento e não tem o papel do Brasil que tinha antes de liderar, puxar e chamar à responsabilidade o conjunto dos países”, observou Tatto.

Em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, representante do governo na conferência, defendeu que os países mais ricos compensem financeiramente os serviços ambientais prestados pelo Brasil. Ele acrescentou que a preservação dos recursos naturais feita pelo país é significativa.

Informações seguras

O deputado Zé Vitor (PL-MG) também citou as ações do Brasil na preservação do meio ambiente e disse achar injusto que o país seja apontado como vilão. O parlamentar, que também estará na COP 25, reconhece o desmatamento e as queimadas como problemas sérios a serem enfrentados, mas ressalta que há bons exemplos, principalmente no campo.

“O agro brasileiro tem dado demonstrações claras que está preocupado com a questão ambiental e nós queremos isso: levar dados frutos de pesquisas sérias; informações seguras, verdadeiras, de fontes confiáveis; levar a verdade sobre o Brasil, sobretudo a verdade sobre o campo brasileiro”, disse o deputado.

O deputado Nilto Tatto lembrou que um dos principais compromissos da COP 25 é o fechamento de acordos a respeito do chamado “Livro de Regras”. São normas sobre como o conjunto de países pode monitorar o cumprimento das metas de redução na emissão de gases.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *